Publicado em: 25/04/2025.
Conheça a origem e a evolução do milho, desde sua domesticação pelos povos indígenas até se tornar um dos cereais mais cultivados do mundo.
Muito antes de se tornar uma das bases da alimentação moderna e da economia agrícola mundial, o milho já era cultivado e valorizado por civilizações antigas nas Américas.
Esse cereal, originado a partir da domesticação de uma gramínea selvagem, acompanhou o desenvolvimento de diversos povos, atravessando séculos, oceanos e continentes até alcançar o protagonismo que tem hoje.
Neste artigo, você irá conhecer a história do milho desde suas origens na Mesoamérica até sua importância no cenário atual, passando pela seleção ancestral feita pelos povos indígenas, a dispersão global após os primeiros contatos com os europeus e seu papel na agricultura, na alimentação e na indústria.
Descubra como uma planta com espigas pequenas e grãos duros se transformou em um dos cereais mais influentes do planeta.
Acompanhe nosso blog e saiba mais sobre a história do milho! Boa leitura.
As origens do milho
O milho tem origem na Mesoamérica, mais especificamente nas terras altas do México, entre 7 e 10 mil anos atrás.
Evidências arqueológicas apontam que o cultivo do milho já ocorria entre 2000 e 2500 a.C. em diversas regiões mexicanas, com registros encontrados em sítios nas regiões de Tehuacán (Puebla), Oaxaca e Tamaulipas.
O ancestral do milho moderno é o teosinto, uma gramínea selvagem de espigas pequenas e duras. Os povos indígenas da região foram os primeiros agricultores a domesticar o teosinto, selecionar e aprimorar as cultivares com características mais desejáveis para a alimentação.
Ao longo de séculos, foram selecionadas variedades com mais fileiras de grãos e maior rendimento, diferente das pequenas espigas do teosinto.
Imagem: Amostra da forma ancestral do milho, o teosinto. Fonte: Flaviane Costa/USP, revista FAPESP.
Trajetória do milho
Após a chegada dos europeus à América, o milho foi levado para a Espanha e logo se espalhou por toda Europa. No século XVI, chegou à África e ganhou relevância na Ásia após o século XVII.
O milho chegou ao Brasil há cerca de 6 mil anos, se adaptando inicialmente à Amazônia, e se diversificou em diferentes regiões do país.
Povos indígenas o domesticaram e o tornaram parte essencial da alimentação. Hoje, o Brasil se destaca como um dos maiores produtores e exportadores de milho do mundo.
Imagem: Milho arqueológico encontrado em Minas Gerais com as características ancestrais preservadas. Fonte: Fábio de Oliveira Freitas/Embrapa, revista FAPESP.
Produção atual
Na safra 2022/2023, o Brasil foi o 3º maior produtor mundial, atrás dos EUA e China, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Além disso, a produção total de milho (1ª, 2ª e 3ª safra) no período de 2023/2024 foi de 115,7 milhões de toneladas, e a previsão para 2024/2025 está estimada em 122 milhões de toneladas, o que representa um significativo aumento de 5,5%.
O milho atualmente
Além de alimento, o milho é parte dos costumes e da identidade de muitos povos. Está presente na culinária e cotidiano de diversas populações tradicionais.
No Brasil, tornou-se base de pratos típicos e importante fonte de energia na alimentação humana e animal.
Atualmente, o milho é um dos pilares da produção agrícola global. É usado como cereal energético, ração animal, bioetanol, matéria-prima para plásticos biodegradáveis e centenas de produtos industriais.
Sua versatilidade contribui para a economia de diversos países, o que demonstra sua enorme importância na atualidade.
O milho segue sendo essencial, seja na alimentação, na indústria ou na sustentabilidade do setor agropecuário.
Portanto, compreender sua origem e evolução é também valorizar os saberes tradicionais e científicos que tornam possível a agricultura que temos hoje.
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* Texto redigido pela Equipe SolloAgro.
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